Você precisa de terapia quando acha que é o centro do universo:
Para o bem (quando todos reconhecem seu valor, mas você passa a achar que é
indispensável para o mundo e para as pessoas);
e para o mal (quando acha
que todos estão preocupados com a sua existência, querendo te derrubar
ou estão ávidos por suas quedas e fica paranóico).
Achar que é o centro do universo é o mesmo que achar que o outro está
ligado em você o tempo todo (ou deveria estar). É achar que tudo o que o
outro faz e diz é voltado para você, pensando em você.
Se todas as suas ações tem por trás uma motivação oculta de agradar aos outros.
Se você acha que o seu chefe, o seu vizinho, o seu marido, o seu
filho, a sua mãe, o papagaio, o motorista de táxi te oprimem e te deixam
se sentindo um lixo. Creia, só você tem esse poder!
Os outros podem até
apertar o botão do start, mas, a sensação de ser um lixo, já estava lá.
Quer mudar o mundo? Comece por você.
Você precisa de terapia se vive pensando que a vida seria bem mais
fácil se todas as pessoas que te cercam fossem diferentes: mais
compreensivas, menos críticas, mais carinhosas, mais pacientes. Quer
dizer que se os outros não mudarem a sua vida será um inferno para
sempre?
Se acha que só será feliz depois de alcançar um objetivo: arranjar um
namorado, casar, ter filhos, ficar rico, ficar famoso, ser promovido, ser reconhecido, ouvir ‘eu te amo’.
Se depois de ouvir um ‘não’ da vida tem dificuldade de levantar a cabeça e seguir adiante.
Se sempre arruma uma desculpa para não agir em prol de um sonho e
coloca mil problemas e desculpas esfarrapadas no próprio caminho. O nome
disso é auto-sabotagem.
Se acredita que o grande problema da sua vida está na maneira como
você foi criado. Lembre-se: o importante não é o que fizeram de nós, mas
o que fazemos com o que fizeram de nós’ (Sartre).
Se sente culpa quando não consegue atender as demandas dos outros e/ou é obrigado a dizer ‘não’.
Ou, ou, o inferno são os outros, Sartre tinha toda razão. Para
alcançar o céu é preciso se libertar da referência do outro. Não agir
esperando algo do outro, nem acreditar que o outro age em nossa função.
Por fim, precisa de terapia quem acha que o bem-estar, a alegria, o
sentimento de comunhão, está fora, está no mundo, no outro, e não na
capacidade de se aceitar e bancar as próprias escolhas.
Obs.: Terapia não é coisa para maluco. Terapia é coisa para quem
enjoou de ser como é mas não sabe como ser diferente. É para quem deseja
se tornar quem é.
(Mônica Montone)
E então meu caro leitor, que tipo de pessoa é você? Vai uma terapia ai?
Concorda com a Mônica? Não!?
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