O Despertar de um sonho

O Despertar de um sonho

DESPERTARAM

domingo, 19 de junho de 2011

Dois Irmãos



“Louca para ser livre. Palavras mortas. Ninguém se liberta só com palavras. Ela ficou aqui na casa, sonhando com uma liberdade sempre adiada. Um dia, eu lhe disse: Ao diabo com os sonhos: ou a gente age, ou a morte de repente nos cutuca, e não há sonho na morte. Todos os sonhos estão aqui, eu dizia, e ela me olhava, cheia de palavras guardadas, ansiosa por falar. (...)
Naquela época, tentei, em vão, escrever outras linhas. Mas as palavras parecem esperar a morte e o esquecimento; permanecem soterradas, petrificadas, em estado latente, para depois, em lenta combustão, acenderem em nós o desejo de contar passagens que o tempo dissipou. E o tempo, que nos faz esquecer, também é cúmplice delas. Só o tempo transforma nossos sentimentos em palavras mais verdadeiras, disse Halim durante uma conversa, quando usou muito o lenço para enxugar o suor do calor e da raiva ao ver a esposa enredada ao filho caçula. (...) Alguns dos nossos desejos só se cumprem no outro, os pesadelos pertencem a nós mesmos.” Milton Hatoum


 É tanta mistura de sentimentos que uma vida inteira é pouco para tudo se sentir...viver intensamente esse é o segredo! O tempo não para, nem tão pouco ameniza....o tempo apenas passa e vai deixando tudo meio longe de nos...

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